quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tenho medo por mim, por ti, por nós

 

Afasta-te, foge e corre o mais que puderes e o mais que conseguires. Corre até que o ar te falte, até que fiques sem fôlego. Não te aproximes desse ser que te quer controlar, que quer possuír o teu coração, e fazer o que bem lhe apetece com ele. Não te encantes por essa rapariga de cabelos bem compridos, e negros como a noite, que dançam com o vento, criando assim um belo espectáculo que te deixa sem palavras cada vez que passa por ti. Não guardes no teu coração esse demónio de olhos que, tal como os campos na Primavera, são de um verde enfeitiçador e cheios de vida. Isso é só uma máscara. Ela só te quer ter na palma da mão, poder domar-te e dominar-te, em vez de deixar essa tua alma selvagem correr livremente de mãos dadas com o tempo. Temo, mais que tudo, que te apaixones, e que nunca te consigas libertar do feitiço que ela irá lançar sobre ti. Tenho medo por mim, por ti, por nós. Pois esse tal "nós" ficará para sempre no silêncio da tua mente, calado para sempre pelo veneno dela, que o irá matar aos poucos.

5 comentários:

  1. Claudia,quero mais textos! E que os proximos sejam tão bonitos como até agora, mas mais positivos! Mil beijinhos.

    ResponderEliminar
  2. Compreendo perfeitamente. Também tenho disso. Mas ficarei à espera :) mil beijinhos doces!

    ResponderEliminar